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Mostrando postagens de janeiro, 2011

UM CASAL NOTA DEZ.

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                                      Corria o ano de 1974, a Rua Padre Machado na Vila Mariana era o endereço do Samba. Eu era um aprendiz, e um amigo o Caco, filho do Venâncio Poliglota, que integravam a Camisa Verde, achou por bem me apresentar como um novato compositor aos sambistas da recém fundada Barroca Zona Sul. Quis o destino que eu conhecesse a Faculdade do lendário mestre Pé Rachado. Lá se vão 36 anos... Ali iniciei a minha trajetória nos prazerosos caminhos do samba paulistano. Eu não tinha experiência, mas tinha muita vontade de participar do projeto de estréia do carnaval da Barroca. Carnaval é sonho e ilusão, e assim como um Cabral embarquei em busca de novos mares e terras e assim foi. Escrevi meu primeiro samba enredo, com a precisa amarração das cordas do violão de um velho amigo, o Jason e na disputa com outros três sambas – um deles de autoria, nada menos, do genial Talismã – sai vencedor. A escola se preparou e como era previsto foi a campeã do grupo III

TALISMÃ

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TALISMà Eu nunca tive um talism ã Mas eu conheci o Talismã Mestre Talismã Criatura animada Poeta de calçada O samba foi o seu afã Viola era seu amuleto Sempre colada no peito Acordes de afastar tristeza Atrair alegria Canções, poesias, fantasias Alegorias, pinturas, filosofia Artesão de mão cheia Ídolo, manipanso da Pauliceia Seu falar manso Andar sincopado Em sentido contrário, anti horário Simplicidade foi seu fetiche Boneco de trapiche Cabeça de algodão doce O feitiço nos trouxe o Talismã Magia e encanto  Sou seu fã.                                     Dorinho Marques