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Mostrando postagens de agosto, 2013

SANFONA BRANCA COM ASAS

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Corria o ano de 1966. Um sanfoneiro baiano, Pedro Sertanejo, pai de outro grande músico o Osvaldinho do Acordeom, resolveu estabelecer um salão de forró, o primeiro em São Paulo e mais precisamente no bairro fabril do Brás. Foi na Rua Catumbi que se instalou entre as décadas de 60 e 80 uma rede social, um cantinho da saudade e da sociabilidade da comunidade migrante nordestina. Quem aguçar os ouvidos ao caminhar pela região ouvirá entre as polifonias da cidade o som da sanfoninha de oito baixos incansável, pois ao forrozeiro é proibido cochilar, e verá o furdunço do sacolejo de casais “castigando a chinela” triscada na paisagem sonora do lugar. Esse cidadão pioneiro criou também uma gravadora – Cantagalo – que deu oportunidade a dezenas de artistas que vinham em busca de seus sonhos. Entre eles estava Dominguinhos. José Domingos de Morais, nascido no dia 12 de fevereiro de 1941 em Garanhuns, sertão de Pernambuco. Filho de mestre Chicão, sanfoneiro e afinador de san