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SAMBIOGRAFIA

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Foto - Projeto Bambas da Pauliceia CD - 2015 Dorinho Marques . Paulistano, 20 de fevereiro de 1953. O gosto pela música vem desde as reuniões familiares onde o pai era o sanfoneiro. Aprendeu violão influenciado pela Bossa Nova. Começou a compor ainda no colégio. Em 1974 participou da fundação da E.S. Barroca Zona Sul. Mais de quarenta carnavais e vários sambas enredo. Nos anos oitenta ao lado de outros artistas criou a Cia de Música e o Trio Elétrico Zuera Paulista. Na década de 90 foi vocalista e cavaquista dos grupos: Gerasamba, Sintonia e Ejeb. Nesse período pôde acompanhar muitos bambas. Já compôs cerca de 300 músicas, só ou com parcerias. Algumas foram gravadas por grandes intérpretes. Sempre divulgou seus sambas por aí, porém somente no ano de 2015 lançou seu primeiro trabalho autoral no CD - SAMBA RURAL PAULISTA. Sete sambas remetem ao universo do homem simples caipira. São eles: Samba Rural Paulista, Sertanejo e Violeiro, Cantando pela Estrada, Fandango na

AS CANÇÕES NATALINAS E A FACE DO BOM VELHINHO.

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Papai Noel a figura bondosa e carismática de outrora, representante simbólico do espírito do Natal que é uma festa da Cristandade, teve sua representatividade diminuída ao longo dos anos, por conta de valores distintos das sociedades. Sua imagem ultimamente está diretamente relacionada aos hábitos de consumo dos cidadãos e sua importância oscila dependendo do momento econômico. No Brasil, graças à ascensão de uma nova classe média, muitas pessoas puderam incluir a “existência” do Bom Velhinho, ainda que modestamente, podendo materializar pequenos desejos de consumo. Já que Noel nos dias atuais está irremediavelmente ligado ao consumismo é “normal” ele revitalizar-se mesmo sendo sistematicamente criticado por aqueles que veem nele apenas exploração e deturpação do verdadeiro espírito natalino. Além do mais ele é um garoto propaganda exitoso que impulsiona as vendas de fim de ano e por outro lado, remete ao mundo da imaginação das crianças e das recordações dos adultos. Ante

NAS ONDAS DO RÁDIO

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Hoje ao ligar o rádio de cabeceira, reportei-me às memórias de outros tempos. "Idade de Ouro do Rádio". Nos EUA foram as décadas de 20 e 30, enquanto no Brasil o auge ocorreu nos anos 40 a 50 do século XX. Até a chegada da televisão o rádio era o veículo de comunicação de massas com maior alcance e imediatismo. - Troquei as pilhas do meu velho radio AM. Estava tocando um antigo sucesso cantado pelos Demônios da Garoa: Ói Nóis Aqui Tra Veis (Geraldo Blota e Joseval Peixoto) "Voceis pensam que nóis fumos embora, nóis enganemos voceis, fingimos que fumos e vortemos, ói nóis aqui tra veis".  Coisa boa! Como seria o mundo antes desse "diabólico" invento? Vários cientistas contribuíram com seus estudos para a invenção do rádio. Os louros ficaram com Guglielmo Marconi que é considerado o pai da radiodifusão mundial. Mas um certo padre gaúcho Roberto Landell de Moura, também é considerado, no Brasil, o pioneiro do rádio. As primeiras emissoras eram c

CHORA VIOLA!

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O mês de março registrou tristemente a perda de dois grandes artistas da música brasileira . José Rico e Inezita Barroso. Dia 3 de março de 2015,  José Alves dos Santos o Zé Rico da dupla Milionário e Zé Rico,  alcunhada de "As gargantas de ouro do Brasil", despediu-se de uma carreira exitosa de mais de 40 anos. José Rico foi também um grande  compositor, o Brasil de norte a sul  cantou: " Nesta longa estrada da vida, vou correndo e não posso parar..."  - Estrada da Vida - (José Rico) sucesso marcante que deu título ao filme homônimo, de 1980  estrelado pela dupla e baseado na própria vida deles.  O filme Na Estrada da Vida conquistou o primeiro lugar no Festival Internacional de Filmes de Brasília. Foi vendido para diversos países inclusive a China onde excursionaram no ano 1985.  Foi a primeira dupla brasileira que visitou esse país! Venderam cerca de 35 milhões de exemplares de seus 29 discos e 2 DVDs desde  1973. Aos 68 anos José Rico despediu-se desta vid

A CENA QUE SE REPETE É TRÁGICA.

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O país vive hoje, grandes debates que intranquilizam a sociedade brasileira. Entre eles, quero destacar um de ordem fundamental, que é a educação. Tema recorrente em todas esferas das várias instituições e que nos leva a perguntar: É decente um país que não oferece acesso igual na qualidade da educação de suas crianças? A partir do pressuposto que uma nação é formada por cidadãos, óbvio que a resposta é não. Negar, negligenciar, não priorizar a educação como princípio básico para a formação do cidadão, além de ser anti republicano, é um ato pernicioso que deveria ser classificado como crime hediondo. Pitágoras 500 anos a.C. já dizia: - “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens.”. Mas não é isso o que ocorre em nossa pátria em pleno século 21! - O Brasil está entre os dez países que concentram a maior parte do número de analfabetos adultos do mundo, ao lado da Índia, China, Paquistão, Bangladesh, Nigéria, Etiópia e Egito. De acordo com o 11° Relatório de Monitoram

BOM CARNAVAL!

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O carnaval brasileiro é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Nem sempre foi assim... O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa.  No Brasil o entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. No início foi violento e abusivo, quando os foliões jogavam água, ovos e farinha e outros pós, e a polícia tinha que reprimir. Com o passar do tempo a "brincadeira" foi se abrandando, vieram os limões de cheiro, bisnagas com "sangue de diabo" e tome roupa molhada e manchada! Os principais símbolos do carnaval são de origem europeia e são representativos até hoje. O Rei Momo, máscaras, pierrôs, arlequins e colombinas, ajudam a valorizar, colorir e animar a maior festa brasileira. O marco inicial do carnaval moderno foram os bailes na mansão da Marquesa de Santos. A seguir, desfiles do Grupo Carna

O SAMBA RURAL PAULISTA.

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O SAMBA RURAL PAULISTA Foi na região centro-oeste de São Paulo, - séc. XVIII - que o Samba Rural se desenvolveu. Entre o final do séc. XIX e início do séc. XX se expandiu ao sul de Minas Gerais e à região metropolitana da capital paulista. No sudeste ele foi ligado ao lazer da atividade cafeeira. Com o fim do ciclo do café, a abolição e o êxodo rural, as populações de afrodescendentes vieram a implantar o samba rural na capital paulista e arredores. Festas religiosas, como as de São João, Santo Reis, Nossa Senhora Aparecida, Bom Jesus e São Benedito antecediam os encontros de grupos de samba de diversas localidades e eram divididas entre brancos e negros caipiras. Rezas,  ritos, comes e bebes e muito samba. Segundo as pesquisas de Mário de Andrade , os grupos, associações, cordões, ranchos que vieram a se organizar numa entidade, tiveram uma figura central, um chefe, o dono-do-samba. "Os homens tocam seus instrumentos de percussão onde o bumbo predomina, vão se r