BEM-VINDA PRIMAVERA !
Quando chega a primavera, mesmo
as pessoas que vivem nas grandes cidades sentem uma atmosfera revigorante.
Melhor seria se a selva de pedra não fosse como é: um monumento à concretude,
impermeável e estéril onde as sementes clamam por uma chance de florescência
para talvez renovar nossa convivência cidadã.
No Brasil, terra iluminada pelo Sol, a flora refloresce e a fauna se
reproduz presenteando os olhos do observador com belas paisagens. Assim, graças
a uma temperatura bastante agradável, poetas podem criar lindas canções inspiradas
em jasmins, hortênsias, dálias, crisântemos, borboletas e passarinhos... Finda
o inverno surge a primavera. Setembro convida todos nós a sentir o doce aroma
no desfile das flores, cultivar novos dons e tons em nosso jardim de cada dia
regado a música, amor e poesia. “Rancho
das Flores”, marcha-rancho com versos de Vinícius de Moraes sobre tema de Jesus, Alegria dos Homens, de Johann Sebastian Bach.
O mundo sonorizado, multicor e brilhante na canção feliz "Primavera" das "Quatro Estações" de Antonio Lucio Vivaldi.
O eterno retorno do “Cântico à Natureza” samba
de autoria de Nelson Sargento, Alfredo Português e Jamelão. Esse que é
considerado um dos mais belos sambas enredos da história do carnaval carioca
foi cantado no ano de 1955 pela gloriosa Estação Primeira de Mangueira. “Oh! Primavera adorada / Inspiradora de
amores / Oh! Primavera idolatrada / Sublime estação das flores”.
A bossa nova, com seus temas girando em torno
do amor e natureza, teve entre outras a “Primavera”
de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes que nos deleitou com versos de delicadeza
como: - “Amor, eu lhe direi/ Amor que eu
tanto procurei/ Ah! Quem me dera eu pudesse ser/ A tua primavera e depois
morrer”.
O mestre Monarco, compositor da velha guarda da Portela, expressou
em “Rancho da Primavera”, canção gravada por Clara Nunes, o sentimento da perda
de um grande amor: “Não vejo a primavera/
Já era/ A triste margarida/ A desaparecida/ O pobre beija flor/ Que não vejo
voar sobre o meu jardim/ Não tem a quem beijar/ Que tristeza sem fim...”.
Chega a “pintar” um quadro do panorama da nossa cidade que se desapercebeu da
chegada da primavera.
Mas, uma flor, única que seja, pode resistir numa fenda
do asfalto e nos sonhos de um cantor: “Sonhei
que entrei no quintal do vizinho/ E plantei uma flor/ No dia seguinte ele
estava sorrindo/ Dizendo que a primavera chegou”. “O Quintal do Vizinho” de Roberto e Erasmo Carlos.
Temos que invocar o “síndico” que tinha rouxinóis na garganta e soltar aos quatro ventos o hino “Primavera” de Cassiano e Silvio Rochael eternizado na voz de Tim Maia. Aí, vamos juntos! “Eu (é primavera)/ Te amo (é primavera)/ Te amo (meu amor)/ Trago esta rosa (para te dar)/ Trago esta rosa (para te dar)/ Trago esta rosa (para te dar)/ Meu amor.../ Hoje o céu está tão lindo (vai chuva) /Hoje o céu está tão lindo...
Essa evocação nos remete ao ano
de 1979 quando Beto Guedes em parceria
com Ronaldo Bastos cantou o “Sol de
Primavera”.
Temos que invocar o “síndico” que tinha rouxinóis na garganta e soltar aos quatro ventos o hino “Primavera” de Cassiano e Silvio Rochael eternizado na voz de Tim Maia. Aí, vamos juntos! “Eu (é primavera)/ Te amo (é primavera)/ Te amo (meu amor)/ Trago esta rosa (para te dar)/ Trago esta rosa (para te dar)/ Trago esta rosa (para te dar)/ Meu amor.../ Hoje o céu está tão lindo (vai chuva) /Hoje o céu está tão lindo...
Quando entrar setembro/ E a boa nova andar nos campos/ Quero ver brotar
o perdão/ Onde a gente plantou/ Juntos outra vez/ Já sonhamos juntos/ Muitos se
perderam no caminho/ Mesmo assim não custa inventar/ Uma nova canção/ Que venha
nos trazer/ Sol de primavera/ Abre as janelas do meu peito/ A lição sabemos de
cor/ Só nos resta aprender/ Aprender...
E com esse encantamento paira no ar a inspiração: Bem vinda a primavera!
E com esse encantamento paira no ar a inspiração: Bem vinda a primavera!
Setembro/2013
Dorinho Marques
dorinhomarques@yahoo,com.br
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