SAMBA DE RAIZ



Salve gente boa do Samba! Certo dia colaborei com um trabalho de estudantes de jornalismo cujo tema era “samba de raiz”. Um tema abrangente com mais de um século de história foi necessário ser o mais sintético possível mas a resposta foi dada e agora compartilho com os caros leitores.
O samba  tem ancestralidade africana. Um dia cruzou o mar nos navios tumbeiros e desembarcou nas senzalas,  alojou-se nos morros e favelas depois “ganhou” o asfalto das cidades. São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro são estados onde o samba ocorre mais vigorosamente. Várias outras localidades     preservam o gênero ora mais rural ora mais urbano apenas não repercute nos meios de comunicação de massa. Nesses escabrosos caminhos o samba segue conservando sua identidade. Dinâmico, ele é a soma da polirritmia dos batuques com a riqueza da língua portuguesa. Resiste contra falsificações, vulgarizações e a concorrência massiva de outros cânticos. Tradicionalista em atitudes e valores, porém aberto a inovações que respeitem a sua linha evolutiva transmitida hierarquicamente, de mestre para aprendiz. O samba tem muitas vertentes, e o “de raiz” é uma delas, conservando a sua forma mais autêntica nas rodas improvisadas de canto e dança com a participação coletiva dos sambistas. Hoje, nos grandes centros urbanos, existem comunidades revitalizando o seu legado. Em São Paulo, partindo da periferia, existem cinqüenta ou mais, núcleos de novos sambistas que defendem a bandeira e que realizam um trabalho que as escolas de samba, salvo exceções, não fazem. O importante desse movimento é que muitas pessoas podem desenvolver sua vocação musical, preservando uma cultura genuína ou simplesmente, divertirem-se com música que é a melhor maneira de celebrar. Até breve!

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