RESTODONTÊ



2014 promete! Copa do mundo - conquista ou frustração -, eleição para presidente da nação - mudanças ou não -, protestos e mais protestos, certamente estão garantidas muitas emoções! Mas vamos ao compasso da batuta! Dia 15 de janeiro os compositores tem a data reservada para a celebração. A cidade será ocupada pelo séquito das nove musas da música, pelos rituais profanos dos tambores e guitarras e o feriado terá um hiato sonoro na selva de pedra. "Numa festa imodesta como esta.../ Salve o compositor popular!"
 
De quebra ofereço uma diferente, e ao mesmo tempo convergente, síntese sobre esta senhora, mãe única. 
"A vida é como a música. Deve ser composta de ouvido, com sensibilidade e intuição, nunca por normas rígidas." (Samuel Butler, escritor britânico). 
"O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio." (Georges Brague pintor e escultor francês).
"Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música." (Aldous Huxley, escritor inglês).

                Pátio do Colégio - Marco Zero São Paulo 
Com isso vamos curtindo o clima de aniversário da nossa cidade. Dia 25 de janeiro é dia de festa para os paulistanos! “No ano de 1554, os padres Manoel da Nóbrega e José de Anchieta fundaram o colégio dos Jesuítas, com intenção de estabelecer um colégio para a educação dos indígenas da região. O Pátio do Colégio, no centro da cidade, é considerado o marco zero da fundação de São Paulo”. Marco zero sugere que devemos tentar dar uma zerada em várias mazelas que afligem nossa qualidade de vida. É tempo de reduzir os excessos. Excessos de toda ordem; de pressa, de oferta e demanda, da degradação das condições de vida, de aglomeração populacional, o excesso é o demônio! Como dosar o comer, beber, pensar, julgar, fazer, falar, comprar, vender, ler, caminhar e trabalhar? Temos que nos orientar pelo censo de justiça, pela intuição da lei biológica – de um grão dez mil grãos – a natureza dá muito, bem mais do que recebe e aí está o ponto de equilíbrio. A sociedade atual, no entanto, tem caminhado na contramão. Há um enorme desperdício progressivo de, alimentos, água, energia, tempo, dinheiro... Andando pelas ruas da cidade podemos constatar o quanto de comida boa vai para a lata do lixo. Podemos mudar isso? Claro que sim, consciência é a solução. A maior parte das doenças que afligem a humanidade tem sua origem na alimentação incorreta e desequilibrada. “Faça do seu alimento o seu remédio” Hipócrates, filósofo e médico grego, considerado o pai da medicina. Aproveitar tudo é a palavra. O “restodontê” com um pouco de imaginação, é a boa refeição de hoje. Mudar o hábito de comprar comida além da conta. - Uma família de classe média desperdiça cerca de 180 quilos de comida por ano! O descartável é o filho pródigo da economia de mercado. A cidade não se pode dar ao lixo nem ao luxo. Ampliar a cadeia de negócios sustentáveis. Economizar os recursos não renováveis e os renováveis também. Preservando a flora, a fauna agradece e não faltará oxigênio. A matéria prima não é fonte inesgotável seu uso deveria ser controlado. Sem moderação somente coisas prósperas como amor, solidariedade, caridade... Enfim, evitar se puder o desperdício de paixão como no samba do Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro. 
"Foi um desperdício de paixão, que fez do sacrifício solidão, meu coração cicatrizou, mas nunca mais ficou perfeito, se enclausurou dentro do peito, renunciando a todo amor."
                                      São Paulo/Janeiro/2014
                                         Dorinho Marques
                               dorinhomarques@yahoo.com.br

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